EXTRA! EXTRA! A revista ÉPOCA desafia a Nomenklatura científica: os livros didáticos distorcem a realidade???

sábado, outubro 27, 2007

Agentes do NBDI infiltrados na redação da revista ÉPOCA conseguiram a parte do especial Brasil − Educação de Alexandre Mansur, Luciana Vicária e Renata Leal, que não foi publicada na edição da revista ÉPOCA № 492, de 22 de outubro de 2007. Ela foi vetada por agentes da KGB da Nomenklatura científica instalados no MEC/SEMTEC/PNLEM: a origem e a evolução da vida.

O amazonense Enézio Eugênio de Almeida Filho, como educador, se sentiu incomodado com a abordagem fraudulenta e distorcida da origem e evolução da vida nos melhores livros didáticos de Biologia do ensino médio que em 2003 e 2005 enviou uma análise crítica para o MEC/SEMTEC e a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Resultado? Nenhuma ação pública sobre o denunciado.

Este caso suscita uma discussão relevante para as famílias de 42 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio no Brasil. Afinal, o que se ensina às crianças e aos adolescentes do país? Ciência ou ideologia materialista? A LDB 9394/96, prescreve que o educando deveria ser aprimorados pelo desenvolvimento de sua autonomia intelectual e do pensamento crítico e despertar nos estudantes a capacidade crítica de ver além das aparências e de levar em conta múltiplos aspectos da realidade.

Não é o que ocorre. A maioria dos livros de Biologia é simpática ao materialismo filosófico posando como naturalismo metodológico. O dado que assusta é a quantidade de distorções de evidências científicas que os autores fazem em nome da visão materialista e não científica. O problema maior desses livros-texto são as omissões intencionais das dificuldades fundamentais das atuais teorias da origem e evolução da vida quando essas dificuldades são discutidas pelos especialistas nas publicações científicas. Um verdadeiro estelionato intelectual.

Alguns autores, como Amabis e Martho, diante das críticas, afirmam que os livros didáticos com problemas serão revisados. É o caso de “Fundamentos da Biologia Moderna”, de Amabis e Martho [São Paulo, Moderna, 2004], que já não traz as fraudes das mariposas de Manchester (como exemplo de evolução em ação) e os embriões de vertebrados (como exemplo de ancestralidade comum), mas não informa aos alunos por que foram retiradas. Amabis e Martho não informaram se vão notificar isso em futuras edições, apesar de estarem reformulando aspectos conceituais de modo a tornar seu livro mais objetivo e em consonância com as atuais evidências científicas.

Enézio procurou todas as editoras em 2003 sobre esta inusitada situação, mas elas não se pronunciaram. Será que os editores não sabem que livros com problemas conceituais e desatualizados cientificamente levam a uma formação acadêmica errada? Ele destacou que isso não é educação, mas simplesmente uma descancarada doutrinação na filosofia materialista. Pensar que boa parte desses livros com este viés ideológico passa pela análise do governo federal. Em cada disciplina, os livros são analisados por uma banca de especialistas de universidades públicas. Enézio conhece alguns desses analistas.

Uma nota de louvor para esta comissão de especialistas do MEC: eles costumam rejeitar títulos por má qualidade do conteúdo (informações incorretas), mas a banca deixa passar títulos que condenam visões extremas da origem e evolução da vida, e enaltecem, veladamente, o materialismo filosófico posando como ciência.

Apesar desta polêmica, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que não vai reformular o sistema de avaliação por bancas: “O Ministério da Educação não pode, sob pena de cometer gravíssimo erro, adotar a postura de censor. Em educação, a avaliação que dá certo é a avaliação feita por pares. Ela pode ter imperfeições, mas é melhor que qualquer outra.” Concordo em parte como o ministro da Educação. Discordo dele porque os pares são mais pares do que os outros pares. O que temos hoje no MEC/SEMTEC/PNLEM é um bando de cabritos ideológicos tomando conta de uma horta de evidências contrárias às especulações transformistas de Darwin, e com essa turma os alunos do ensino fundamental, médio e superior, nunca ficarão sabendo que a teoria da evolução é uma teoria em séria crise epistêmica, e que em breve teremos uma mudança paradigmática em biologia evolutiva (2010???).

A qualidade dos livros didáticos de Biologia e a preocupação com a abordagem das teorias da origem e evolução da vida são importantes. Bárbara Sontag, pedagoga da Universidade de São Paulo, afirmou: “Os livros de Biologia devem ter um compromisso com a verdade. Afinal de contas, ciência e mentira não podem andar de mãos dadas.” Mas, para milhões de crianças e jovens, isso não é verdade. “O material didático tem uma importância grande na formação do aluno pelo mero fato de ele ser, muitas vezes, o único livro com o qual a criança entrará em contato”, afirmou Sontag, da USP.

O preocupante com tudo isso, declarou Enézio a Alexandre Mansur (editor de ÉPOCA), é que o conhecimento registrado no livro escolar também tem status maior do que a televisão, da internet ou mesmo da conversa dos pais. O mais preocupante, continuou Enézio, é que quanto mais nova é a criança, menos capacidade ela tem de questionar o que mostrado nos livros. Ele não está sozinho nesta conclusão: “O didático representa para a criança a fonte de conhecimento valorizado pela sociedade. Por isso, ela tende a acreditar piamente em tudo que está ali. Aquele conteúdo é visto como absolutamente verdadeira”, disse Andréa Toledo, coordenadora de educação da UNICAMP.

A esperança de Enézio e de outros pais preocupados com esta abordagem fraudulenta e distorcida das atuais teorias da origem e evolução da vida nos livros didáticos de Biologia do ensino fundamental, médio e superior, é que embora a supremacia do livro seja incontestável, a internet já começa a proporcionar conteúdos contraditórios capazes de rivalizar e incomodar o atual consenso epistêmico.

O eminente cientista político Loumanier Livarob afirma que o dano que os livros didáticos ruins podem causar ao país vai além da questão ideológica: “Eles ensinam para as crianças e jovens fatos que não são verdadeiros, distorcendo a finalidade da educação. Razão? É nessa fase do ensino fundamental e do ensino médio que os jovens se interessam por questões existenciais e a verdade científica da realidade. Livarob destacou: “Se receberem uma informação distorcida e fraudada, criarão uma visão da verdade científica também distorcida e fraudulenta.”

A presença de duas fraudes (uma centenária, e outra mais recente) e de distorções de evidências científicas a favor do fato, Fato, FATO da evolução que passam pelo próprio crivo do MEC/SEMTEC/PNLEM é um problema científico complexo, mas, segundo Livarob, pode ser resolvido. Ele apontou alguns caminhos: “Um deles seria criar comissões de análise mais pluralistas, com membros de diversas filosofias e ideologias. Outra estratégia seria convidar, para escrever os livros, pessoas com capacidade de expor os fatos de forma mais objetiva.”

Para Antonio Marcos Cidade, historiador da UFSCar, a solução precisa ser drástica: o ideal seria haver uma profunda revisão dos livros: “A universidade precisa estar ligada a esse processo. Livros didáticos não podem ser obras individuais, precisam ser coletivas.” Enézio foi mais além: “Os livros precisam abordar a origem e evolução da vida objetiva e honestamente.”

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O DISCURSO DOS LIVROS: Como é a origem e a evolução da vida, segundo alguns dos melhores livros usados por alunos das escolas brasileiras dos ensinos fundamental e médio.

A ORIGEM DA VIDA
O QUE DIZEM: As teorias de Oparin-Haldane e a experiência de Urey-Miller são apresentadas como sendo a explicação científica para a origem da vida na Terra.


O QUE FALTA: A teoria da evolução química não goza mais de respeitabilidade científica, mas a experiência de Urey-Miller ainda continua nos livros “demonstrando” como a vida surgiu.

A EXPLOSÃO CAMBRIANA
O QUE DIZEM: Pouco ou nada dizem sobre este aspecto evolutivo fundamental. Alguns apenas citam a data do evento: mais ou menos 560 milhões de anos.

O QUE FALTA:
Os principais filos aparecem no registro fóssil há mais de 540 milhões de anos, sem intermediários, plenamente funcionais, contrariando a evolução gradual. Segundo Darwin, uma “objeção fatal” à sua teoria, mas omitida nos livros-texto de Biologia.

HOMOLOGIA
O QUE DIZEM: Semelhança devido à ancestralidade comum é evidência de ancestralidade comum.

O QUE FALTA: Tautologia é um argumento circular que nada diz em ciência.

EMBRIÕES VERTEBRADOS:
O QUE DIZEM: Os embriões de vertebrados são apresentados como sendo idênticos no estágio inicial

O QUE FALTA:
Há mais de um século os biólogos sabem que os embriões vertebrados não são semelhantes no estágio inicial, e os desenhos de Haeckel (ou fotografias) que os mostram assim foram “forjados” para “apoiar” o fato, Fato, FATO da teoria da evolução.

MELANISMO INDUSTRIAL
O QUE DIZEM: É o exemplo-mor de evolução em ação diante de nossos olhos.

O QUE FALTA:
A foto de mariposas Biston betularia “camuflando-se” nos troncos das árvores como evolução em ação é falsa. Desde 1980 os biólogos sabem: não descansam nos troncos das árvores e foram “coladas” nos troncos para apoiar o “fato da evolução”!

OS TENTILHÕES DE DARWIN
O QUE DIZEM: Tentam induzir os alunos que a variação dos tentilhões de Darwin explica a origem das espécies por meio da seleção natural.

O QUE FALTA: Não ocorreu nenhuma megaevolução. Os tentilhões, apesar da variedade de bicos e costumes alimentares, continuam tentilhões.

A EVOLUÇÃO HUMANA
O QUE DIZEM: Os macacos-antropóides ilustram nossos supostos ancestrais.

O QUE FALTA: Os paleoantropólogos discordam sobre quais foram nossos ancestrais e como pareciam. Os cladogramas aqui “supõem” como esta relação filogenética teria ocorrido. Não há um “elo perdido”, mas toda uma “corrente perdida”.

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PARÓDIA, MAS QUE SERÁ VERDADE EM BREVE!
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O CONVITE DE DARWIN

Quando Darwin publicou "A Origem das Espécies", em 1859, os cientistas desconheciam a complexidade da célula, a herança genética e minimizavam as dificuldades encontradas no registro fóssil. As idéias confusas, e não muito originais de Darwin revolucionaram a ciência e as concepções filosófico-religiosas — o homem evoluiu de uma forma simples através da seleção natural ao longo de bilhões de anos.

Sem apoio das evidências, Darwin conseguiu a adesão da comunidade científica tão ignorante desses fatos quanto ele. Contudo, admitiu existir objeções a sua teoria e que poderia haver visões extremas da evolução:

"Estou bem a par do fato de existirem neste volume pouquíssimas afirmativas acerca das quais não se possam invocar diversos fatos passíveis de levar a conclusões diametralmente opostas àquelas às quais cheguei. Uma conclusão satisfatória só poderá ser alcançada através do exame e confronto dos fatos e argumentos em prol deste ou daquele ponto de vista, e tal coisa seria impossível de se fazer na presente obra". [1]

Esse convite gera debates apaixonantes. As objeções não são feitas unicamente por religiosos fanáticos. Sóbrios e renomados cientistas ainda questionam por motivos científicos.

O sociólogo Edgar Morin, no livro “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro” para a UNESCO, afirmou e sugeriu:

“As ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas, mas igualmente revelaram, ao longo do século 20, inúmeras zonas de incerteza. A educação deveria incluir o ensino das incertezas que surgiram nas ciências físicas, nas ciências da evolução biológica e nas ciências históricas.”

A LDB 9394/96 estabeleceu as bases da educação nacional para aprimorar o educando pelo desenvolvimento de sua autonomia intelectual e do pensamento crítico. Isso somente ocorrerá quando algumas “zonas de incertezas” nas ciências biológicas forem abordadas.

A ciência é a expressão de curiosidade. Por causa do convite de Darwin, da sugestão de Morin e da proposta da LDB, você pode e deve questionar o neodarwinismo, pois a melhor inferência às evidências é o Design Inteligente.

NOTA

1. DARWIN, Charles R. Origem das Espécies. Trad. Eugênio Amado. Belo Horizonte/Rio de Janeiro, Villa Rica, 1994, p. 36