Sem considerar as insuficiências epistêmicas do darwinismo não existe verdadeira educação em Biologia

quinta-feira, julho 24, 2008

Charbel, meu bom amigo, louvável esta sua iniciativa, mas conforme já conversamos em conferências passadas, se as insuficiências epistêmicas do darwinismo e a elaboração da nova teoria da evolução, a Síntese Evolutiva Ampliada, que não será selecionista, não for informada aos alunos, isso não é educação, mas doutrinação.

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JC e-mail 3560, de 23 de Julho de 2008.

22. Professores e estudantes debatem sobre a importância do ensino da Evolução nas escolas
Para discutir a importância do ensino da teoria da evolução nas escolas, professores dos ensinos básico e superior, além de estudantes, participarão, no próximo dia 1º de agosto, do simpósio “História, Filosofia e Ensino da Evolução”, que acontece a partir das 9h na sede do IAT – Instituto Anísio Teixeira

O simpósio faz parte dos eventos que integram os Anos Darwin na Bahia, que começaram em 2008 – quando são comemorados os 150 anos da publicação da teoria da seleção natural – e se estendem até 2009, ano em que são lembrados os 200 anos de nascimento do naturalista inglês.

Para o coordenador dos eventos comemorativos, o pesquisador e professor do Instituto de Biologia da UFBA Charbel Niño El-Hani, “quando os professores conseguem ensinar a evolução no 3º ano do ensino médio, os alunos já estão às vésperas do vestibular.

Dessa maneira, o pensamento evolutivo não cumpre o papel que deveria ter na compreensão da biologia, ou seja, de um dos eixos organizadores do pensamento sobre esta ciência”. Ainda segundo El-Hani, “foi o pensamento evolutivo construído por naturalistas dos séculos XVIII e XIX, culminando com o estabelecimento do Darwinismo, que constituiu a biologia como conhecemos hoje”.

Palestrantes internacionais – A primeira palestra do simpósio ficará a cargo de Peter Bowler, pesquisador da Queen’s University, de Belfast (Irlanda do Norte), referência na área de história da biologia. Ao longo de sua carreira, Bowler tem investigado o desenvolvimento e as implicações do Darwinismo, a história das ciências ambientais e as relações entre ciência e religião, em particular no século XX.

Outro pesquisador estrangeiro que fará palestra no próximo dia 1º de agosto é o espanhol, historiador da ciência, Juanma Arteaga, que falará sobre “Evolucionismo e racismo científico na Bahia e no Brasil durante a segunda metade do século XIX”.

Entre os palestrantes do simpósio ainda figuram o renomado geneticista José Mariano Amabis, e um dos principais pesquisadores brasileiros nas áreas de ensino de biologia e história da biologia, Nélio Bizzo, ambos da USP, que falarão, respectivamente, sobre “Ciência e Evolucionismo” e “O que dizem os fósseis aos jovens que vivem em jazigos fossilíferos? Resultados de uma pesquisa em jazigos fossilíferos no Brasil e na Itália”.

Para encerrar o evento, está programada a palestra de Claudia Sepúlveda, da UEFS, pesquisadora da área de ensino de evolução, que tratará do tema “Evolução como parte do conhecimento escolar: Situação atual e perspectivas”.

A programação completa do simpósio “História, Filosofia e Ensino da Evolução” está disponível no portal da Fapesb e no blog comemorativo dos Anos Darwin.

O Instituto Anísio Teixeira fica na Estrada da Muriçoca, s/n – Paralela.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Fapesb)