O Reinaldo Azevedo não chamou a Nomenklatura científica à chincha

terça-feira, dezembro 09, 2008

Gente, eu reproduzo aqui um blog de um formador de opinião importante no Brasil. É somente este fato relevante que me levou postar aqui neste espaço.

Não sei não, Marcelo Leite, mas a operação "Cavalo de Tróia", oops "TENDÊNCIAS E DEBATES" foi um tiro no pé da FSP!

O Blog do Reinaldo Azevedo

O criacionismo nas escolas brasileiras

Por alguma razão, a petralha [NOTA DO BLOGGER: leia-se Nomenklatura científica] está excitada com a matéria abaixo, publicada pelo Estadão. E dizem coisas como: “E aí? O que você tem a dizer?” Leiam a reportagem. Volto em seguida:

Escolas adotam criacionismo em aulas de ciências

Por Simone Iwasso e Giovana Girardi:

Polêmicos nos Estados Unidos, onde são defendidos por movimentos religiosos como mais do que explicações baseadas na fé para a criação do mundo, o criacionismo e o design inteligente se espalham pelas escolas confessionais brasileiras - e não apenas no ensino religioso, mas nas aulas de ciências.

Escolas tradicionais religiosas como Mackenzie, Colégio Batista e a rede de escolas adventistas do País adotam a atitude de não separar religião e ciência nas aulas, levando aos alunos a explicação cristã sobre a criação do mundo junto com os conceitos da teoria evolucionista. Algumas usam material próprio.

Veja também:

Outros trabalham com livros didáticos da lista do Ministério da Educação e acrescentam material extra. "Temos dificuldade em ver fé dissociada de ciência, por isso na nossa entidade, que é confessional, tratamos do evolucionismo com os estudantes nas aulas de ciências, mas entendemos que é preciso também espaço para o contraditório, que é o criacionismo", defende Cleverson Pereira de Almeida, diretor de ensino e desenvolvimento do Mackenzie.

O criacionismo e a teoria da evolução de Charles Darwin começam a ser ensinados no colégio entre a 5ª e 8ª séries do fundamental. Na hora de explicar a diversidade de espécies, por exemplo, em vez de dizer que elas são resultados de milhares de anos do processo de seleção natural, se diz que a variedade representa a sabedoria e a riqueza de Deus.

No Colégio Batista, em Perdizes (SP), o entendimento é semelhante. "Ensinamos as duas correntes nas aulas e deixamos claro que os cientistas acreditam na evolução, mas para nós o correto é a explicação criacionista. O importante é que não deixamos o aluno alienado da realidade", afirma Selma Guedes, diretora de capelaria (SIC) da instituição.

A polêmica está no fato de os colégios ensinarem o criacionismo e o design inteligente não como explicações religiosas, mas como correntes científicas que se contrapõem ao evolucionismo. Nos EUA, a polêmica parou na Justiça. Em 2005, tribunais da Pensilvânia decidiram que o design inteligente não era ciência, recolocando Darwin nas escolas.

[NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER: Iwasso e Girardi estão em descompasso com a verdade do que ocorreu realmente na Pensilvânia. A questão jurídica lá, um tribunal estadual, acolheu a queixa de Kitzmiller sobre a leitura que deveria ser feita sempre que fossem ensinar a teoria da evolução: existem outras teorias explicando a origem e a evolução da vida, e o que os alunos poderiam consultar livros na biblioteca sobre o assunto.

Além disso, a decisão vale somente para aquela escola. A decisão do juiz Jones III vale somente naquele distrito. Cabe recurso na Suprema Corte dos Estados Unidos, mas nós do Design Inteligente não iremos apelar porque ciência se decide é através de evidências, e não de firulas jurídicas. Pobre Darwin...]

No Brasil, onde o debate não é tão acirrado [NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER: onde a razão para uma coluna TENDÊNCIAS/DEBATES se o debate não ocorre???], esse tipo de ensino tem despertado dúvidas sobre a validade na preparação dos alunos. Os conteúdos de ciências exigidos em concursos e vestibulares são baseados em consensos de entidades científicas, que defendem a teoria da evolução.

[NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER: Eu postei abaixo sobre o “KONSENSO CIENTÌFICO”, mas nem tinha lido esta matéria de Iwasso e Girardi.]

Já nos cerca de 2 mil colégios católicos, segundo dados da Rede Católica de Educação, não há conflitos entre fé e teoria evolucionista. No material usado por cerca de cem colégios do País, as aulas de ciência trazem a teoria da evolução e explicam o papel de Darwin.

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DESTAQUE DESTE BLOGGER:

Até aqui a reprodução da matéria de Iwasso e Girardi por Reinaldo Azevedo.
Eis o resto da matéria via JC E-Mail :

Já nos cerca de 2 mil colégios católicos, segundo dados da Rede Católica de Educação, não há conflitos entre fé e teoria evolucionista. No material usado por cerca de cem colégios do País, as aulas de ciência trazem a teoria da evolução e explicam o papel de Darwin.

Especialistas criticam medida

Especialistas ouvidos pelo 'Estado' consideram um equívoco a presença do criacionismo na aula de ciências.

“É completamente inadequado ensinar como teoria científica, porque não é teoria científica”, diz Ildeu de Castro Moreira, diretor do departamento de Popularização da Ciência e da Tecnologia do Ministério da Ciência e da Tecnologia. Para ele, não há problema abordar o assunto, “assim como se fala em alquimia na história da ciência”, mas “oferecê-lo como alternativa é uma inverdade.”

[NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER: Nós do Design Inteligente somos contra o ensino do criacionismo em aulas de ciência em escolas públicas porque o Brasil é um estado laico, mas somos a favor do ensino objetivo desta teoria. Somos contra o ensino do Design Inteligente porque a TDI ainda não foi acolhida pela Academia. Nós entendemos e denunciamos que a teoria geral da evolução de Darwin não tem a robustez epistêmica, e é leviana e dolosamente enfiada goela abaixo dos alunos nos livros didáticos aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM, e que logo nós teremos uma nova teoria da evolução. Não defender o ensino assim é desonestidade acadêmica.]

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Isaac Roitman, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), reforça. "É perfeitamente aceitável que o criacionismo seja apresentado como corrente que existe, mas está ligada à fé, enquanto a evolução é comprovada cientificamente", diz.

[NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER : Alguém da Nomenklatura científica pode apontar na literatura especializada qual pesquisa e quem comprovou cientificamente a teoria geral da evolução??? Desde 1859 está em aberto a questão do fato, Fato, FATO da evolução.]

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Para Nélio Bizzo, da USP, não há sentindo em tentar provar a existência de Deus cientificamente.

[NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER: Bizzo está coberto de razão: também não há sentido em provar a inexistência de Deus cientificamente. Bizzo, até onde eu sei, é ateu.]

(O Estado de SP, 8/12)

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Reinaldo Azevedo em diante:

Comento

Qual o problema? Segundo entendi, as escolas estão ensinando as duas coisas: afirmam a verdade científica e dizem qual é o entendimento que, como religiosos, têm da questão. Ou será que as escolas cristãs são obrigadas a negar a sua natureza? Estão querendo criar contradições inelutáveis onde elas não existem. Espero que as minhas filhas sejam informadas sobre essas duas verdades: a científica e a religiosa — sim, existe uma “verdade religiosa”, que está num domínio que não disputa espaço com a ciência. Como elas vão equacionar essas coisas, bem, aí é com elas, com a família, com as múltiplas influências a que estão expostas.

Resta evidente que as escolas não estão fazendo opções radicais, excludentes. Ademais, ainda que estivessem, as famílias têm o direito de escolher que educação querem dar a seus filhos, segundo sua história, sua religião, suas tradições. Ou, agora, vamos proibir as escolas judaicas, por exemplo, de expor a sua visão de mundo aos estudantes? É incrível como o preconceito anticristão vem sempre vazado numa perspectiva supostamente iluminista e de combate ao preconceito, quando, de fato, o que se tem é o contrário.

A teologia vigente nas escolas, religiosas ou não, que precisa ser combatida é outra: a vigarice esquerdopata, o marxismo de fancaria.

Por Reinaldo Azevedo