A Síntese Moderna: uma “crença científica” apoiada em três atos de fé

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Quando uma teoria científica “engessa” no seu corpus explanatório, ela vira dogma por imposição da Nomenklatura científica para a prática da “ciência normal”. Como os dogmas religiosos. No contexto de justificação teórica, evidência robusta a favor do poder explicativo do adaptacionismo darwinista é escassa. O neodarwinismo engessou e virou dogma, crença científica.

Segundo Ulrich Mohrhoff, a crença na “Síntese Moderna” se apóia (em pelo menos) três atos de fé:

1. Embora o adaptacionismo possa explicar as mudanças no tamanho dos bicos dos tentilhões, a crença de que isso explique também como que os tentilhões surgiram é uma extrapolação não substanciada, é um ato de fé.

2. A crença na objetividade da aleatoriedade das “mutações randômicas” exige o apoio de outro ato de fé.

3. Supõe-se que uma teoria científica faça predições, em vez de apenas contar post hoc histórias. Para que o adaptacionismo seja uma teoria científica, deve haver leis que a capacite a predizer, em princípio, todo fenótipo possível e cada ambiente possível, se ou não o fenótipo irá sobreviver, ou toda característica possível, todo fenótipo possível no qual a característica está embutida, e todo ambiente possível, se ou não a característica será selecionada. Por último, o adaptacionismo deve estar em uma posição de predizer, em princípio, as probabilidades dos possíveis resultados. A crença na existência de tais leis exige um ato de fé de proporções bem épicas.

A Síntese Moderna virou dogma, “crendice científica” com muitas anomalias não respondidas satisfatoriamente, e que os avanços de diversas áreas científicas exigem a sua revisão teórica profunda. Especialmente a questão da informação genética.

+++++

Fodor on Adaptationism

Ulrich Mohrhoff

Sri Aurobindo International Centre of Education, Pondicherry, India

In a recent paper, Jerry Fodor argued that explanations of phenotypes in terms of their selection histories are not nomological and “don’t claim or even aspire to be”: adaptationist explanations are species of historical narratives. What is more, even if adaptationist explanations were true causal explanations, nothing would warrant the transition from a functional theory that explains behavior in terms of its function to a psychological theory that explains behavior in terms of intentions. In other words, evolutionary psychology is a nonstarter. The reduction to selection of evolutionary psychology in general and of intentionality in particular won’t work. The present paper gives the gist of Fodor’s argument minus some of the technicalities. It is intended not as a substitute but as an incentive to consult Fodor’s own paper.

++++

PDF gratuito aqui.

++++

NOTA DESTE BLOGGER:

Fodor é um dos 16 de Altenberg, Áustria, que se reuniram para discutir a necessidade de uma nova teoria da evolução: a Síntese Evolutiva Ampliada, que deve relegar a seleção natural a um papel evolutivo inferior.

Este blogger não endossa as teses propostas no Sri Aurobindo International Centre of Education.